quinta-feira, 19 de março de 2009

Parece simples assim: quem tiver mais vitórias será o campeão

A Federação Internacional de Automobilismo alterou as regras da Fórmula 1 para a temporada 2009, com início marcado para o dia 29 de março, na Austrália. Segundo a entidade que rege a principal categoria do automobilismo mundial, a partir deste ano o número de vitórias é que decidirá o novo campeão. Os pontos somados ao longo do campeonato serão usados apenas para desempate em caso de dois ou mais pilotos estiverem empatados em números de vitórias.

A informação já criou bastante polêmica no circo da F1. Grande parte dos pilotos foi contra à decisão. Entre eles, o espanhol Fernando Alonso, da Renault, campeão em 2005 e 2006 pela própria equipe francesa. "Não entendo a necessidade de mudar as regras desse esporte constantemente. Isso só serve para confundir o torcedor", disse o piloto da região das Astúrias. Porém essa opinião não é compartilhada por seu chefe de equipe, o italiano Flavio Briatore. Para ele, esse sistema dará uma "motivação extra" aos pilotos e ele lembrou também que a essência da F1 está nas vitórias e ultrapassagens e que isso pode melhorar com a nova regra.
Divergências à parte, o fato é que o torcedor poderá estranhar em um primeiro momento a possibilidade de um piloto que tenha mais pontos que o outro, não ficar com o título por ter menos vitórias que seu adversário. Caso essa regra estivesse valendo desde a temporada passada, o brasileiro Felipe Massa, da Ferrari, teria sido o campeão de 2008. Ao final do campeonato, Massa possuía seis vitórias contra cinco do inglês Lewis Hamilton, da McLaren. Mas por ter chegado na quinta posição do GP Brasil, disputado em Interlagos, o inglês ficou com 98 pontos, um a mais que o brasileiro.
E há outros casos mais históricos ainda. Ayrton Senna, eterno ídolo brasileiro da F1 por exemplo, teria sido tetracampeão e não tri. Nelson Piquet não teria sido campeão na carreira e o Leão Nigel Mansell teria sido tricampeão. Apenas o alemão Michael Shcumacher conquistaria todos os sete títulos da carreira, mas essa era uma exceção em um período sem boas emoções na categoria.
Se essa nova regra irá agradar ou decepcionar, só saberemos ao longo do ano. Mas a categoria corre um sério risco de perder a emoção na metade de seu campeonato se, por alguma razão, um piloto conquiste sete vitórias ou algo próximo disso. Poderia ser declarado campeão antecipado, pois alcançá-lo, ou até mesmo ultrapassá-lo no número de vitórias seria algo muito difícil. Talvez os diretores da Fórmula 1 não tenham pensado nesse detalhe antes de alterar algo que, a princípio, vinha dando certo.
Braw GP surpreende
E a grande surpresa nos testes coletivos antes do GP da Austrália, abertura do Mundial de Fórmula 1 no dia 29 de março, foi a nova equipe da Braw GP. Comandada por Ross Braw, ex-diretor da Ferrari e da Honda, tem como pilotos o inglês Jenson Button e o brasileiro Rubens Barrichello, recordista em número de corridas disputadas.
A equipe surgiu em fevereiro, após a compra por parte de Ross Braw junto à Honda, que colocou à venda a antiga equipe que disputou a última temporada. Ao final do ano passado, a montadora japonesa anunciou a retirada da equipe da categoria. O motivo segundo eles, era a forte crise mundial que os havia afetado. Caso não houvesse comprador, a categoria poderia ter apenas nove equipes no grid de largada. Foi então que Ross Braw adquiriu os direitos e mudou o nome do time para Braw GP. Com o anúncio de Rubens Barrichello como piloto, Bruno Senna, sobrinho do tricampeão Ayrton, perdeu espaço na Fórmula 1 e poderá migrar para uma categoria de Turismo na Europa, estilo Stock Car.
E já nos primeiros testes, realizados no circuito espanhol Jerez De La Frontera, Jenson Button fez os melhores tempos e Barrichello também andou entre os primeiros. A decepção nos treinamentos ficou por conta da McLaren, abaixo da média.
Uma grande mudança visível logo na primeira corrida será a volta dos pneus slicks. Tradicionais durante vários anos na categoria, eles estiveram presente pela última vez em 1998, sendo trocado pelo modelo com ranhuras. Será uma espécie de volta ao tempo e que tem data e hora marcada para começar. Dia 29 de março, às 3h da madrugada. Vale à pena acordar para ver. Ou nem dormir.

Um comentário:

Juliana Carla disse...

Ola Bruno

Estou vindo do blog da Brunna Duarte... Vi você la e resolvi fazer uma visita a seus blogs... Enfim, gostei deste e, na medida do possível estarei acompanhando o ENTRELINHAS... Espero você no meu... Seja um seguidor também...

Abs